domingo, 26 de outubro de 2008

PENSADORES DA MADRUGADA II - HOMENAGENS VELADAS

PENSADORES DA MADRUGADA II – HOMENAGENS VELADAS
É tarde...
Entre uma chamada e outra do msn, recolho noticias de jornal, idéias de filósofos, poesias, blogs de parceiros, e começo a construir mais um texto que não obedece à totalidade da norma culta da língua, nem do academicismo, mas que se prepara para libertar seu grito na grande rede, com total liberdade de expressão e sem medo da repressão ou da mordaça.
Parece incrível, mas passar horas conversando na Internet com uma intelectual mostra-nos, de ambos os lados, a produção que pode ser feita através do debate saudável, de uma interpretação coerente e de idéias que, embora pensadas, não foram sistematizadas ou não encaradas como importantes para serem debatidas, nem relevantes para que sejam lidas.
E as blogagens vão agora tomar a forma de mais dois pensadores da madrugada. Líria se prepara para discutir sua indignação. E como o faz bem. Leio seus textos antes de serem publicados e às vezes até uma pontinha de “queria ter escrito isso” me bate aqui. Mas eu sei que também, de alguma forma, estava presente naquela escrita, assim como em outros pensadores da madrugada, repartidas as idéias e assim multiplicadas. Estamos presentes nos textos um do outro quando somos seus personagens, pseudônimos pujantes e cerimoniosos, pessoas comuns de narrações comuns que visam acabar com tantos pensamentos comuns que só reforçam o ideário da (re)produtividade capitalista devastadora, que cria modelos tão descartáveis e fúteis como os seus seguidores, esses que se julgam gigantes, mas só o são se encontram formigas à sua frente; em contraste com os grandes de verdade, esvaem-se como pó.
E hoje de novo durmo tarde. Porque ainda havia essa missão de homenagear especialmente essa pensadora da madrugada. E os nossos leitores da madrugada. Nossos interlocutores. Nossos exemplos, e também aos nossos pais, mães, filhos. Nossos rompedores de paradigmas, nossos reformuladores de conceitos, nossos ressignificadores da verdade já existente.
Nós, ousados escritores de uma liberdade sem fim. Pretenciosos releitores de obras esquecidas e de intenções não realizadas pelos seus autores originais. Nós, argumentadores do fraco, amplificador da voz do oprimido, restaurador do pensamento de quem aprende, questionador da verdade de quem augura em ser mestre.
E construímos mais uma blogagem. Para alguns, mais uma bobagem. Mas ao poeta, nenhuma rima é pobre. E se usarem essa rima, que pensem em que significa. Porque nossa bobagem de hoje será o sucesso futuro.

Um comentário:

Ana Paula disse...

Você é fantástico com ou sem rimas... Mestre e amigo. Bjs